29 de dezembro de 2006

FELIZ ANO NOVO!




Que no próximo ano você tenha muita saúde.

Que você desfrute da paz.

Que você realize seus sonhos.

Ame muito e se deixe amar muito.

Seja generoso com com seu tempo,

não se esqueça de que as coisas mais importantes

na vida, não são coisas.

Muitas das coisas que nos acontecem

estão além do nosso controle,

então faça seu melhor com aquelas que você pode.

Não pense antes de dizer palavras de amor,

amizade e encorajamento, mas pense três vezes

antes de dizer algo que vai magoar alguém.

Nunca esteja tão ocupado que não possa

fechar os olhos e agradecer àquele

que nos deu a vida e tudo de bom.

FELIZ ANO NOVO!

27 de novembro de 2006

S I G N I F I C A D O S




Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.

Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Renúncia é um não que não queria ser ele.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez, só que todo mundo percebe.

Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.

Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.

Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro..

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.

Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente,não podia.

Perdão é quando o Natal acontece em outra época do ano.

Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.

Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.

Desatino é um desataque de prudência.

Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o comando.

Emoção é um tango que ainda não foi feito.

Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Desejo é uma boca com sede.

Paixão é quando apesar da palavra "perigo " o desejo chega e entra...

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.

Não.

Amor é um exagero... também não.

É um "desaforo"... Uma batelada?

Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade,

um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade,

um desapego?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não haja explicação,

esse negócio de amor não sei explicar.

18 de novembro de 2006

The Hidden

I can see you at down
with a mystery on your face.
I can see you walking in the darkness
with obscure desires.
I can see you in search of a prey,
treading on an unstedy ground.
I can see your insatiable soul
blazing of hunger.

2 de novembro de 2006

Contando um conto...


Gato Preto Sobre a Neve 

 Cristina Mockaitis

Estavam voltando da casa da mãe dele. A despeito da neve e do frio, o carro estava quentinho e acolhedor. Eles conversavam. Trivilidades. Ela respondia em inglês a tudo que ele falava no idioma dele enquanto pensava em português a respeito de outra coisa. Decorridos quase dois anos vivendo na pequena cidade do interior daquele outro país, a paisagem era agora familiar.
A brancura dos telhados, árvores e ruas lhe dava uma sensação de monotonia apesar da beleza. O carro deslizava macio nas ruas cobertas de neve e se aproximavam do seu lago preferido, agora coberto de gelo. Tão bonito e tão gelado, como o coração dele. Como podia ele ser tão parecido com o lago? pensava ela. Estranho compará-lo ao lago... ambos exerciam atração sobre ela. Ambos eram convidativos e silenciosos. O lago guarda seus segredos na profundeza assim como ele, pensou ela.
Olhava distraidamente para o lago quando avistou o enorme gato preto caminhando vagarosamente sobre a neve. Que contraste... uma magnífica mancha negra, cheia de vida e gingando o corpo, caminhando como se fosse natural. Mas era natural, pensou... gatos e cães caminham sobre a neve todos os dias. E aquela cena aparentemente banal repentinamente ressoou em sua mente como uma provocação para suas divagações pessoais. Tudo veio à sua mente tão rápido que nem pôde ser pensado com palavras, apenas sensações. Toda sua vida ali era como um gato preto caminhando sobre a neve. Tão explícito... o preto e o branco. Tão opostos , tão complementares e tão óbvios. Sua vida era assim, um imenso e óbvio contraste entre a branca frieza do coração dele e seus negros e cálidos sentimentos. Que segredos mais guardava ele sob a capa de gelo, além daqueles que ela já tinha vislumbrado? Ele continuava a falar. Ela já não escutava mais, estava mergulhada na sua própria profundeza. Ela era tão óbvia, transparente, sincera e ele se aproveitava disso. Ser óbvia e transparente era sua fraqueza enquanto manter tudo sob a superfície era a força dele.
_ Alô!
_ O que há com você? Você nunca presta atenção ao que eu digo.
Ele parecia aborrecido e ela voltou à tona de seus pensamentos.
_ Desculpe, estava vendo como é lindo um gato preto caminhando sobre a neve.
Ele continuou a falar e ela voltou a mergulhar na imagem do gato.
O carro parou. Entraram em casa, mas os pensamentos dela ainda estavam cem metros atrás.
Como poderia um gato preto deixar de ser tão óbvio quando caminha sobre a neve? Como poderia ela se ocultar dele? Ele iria sorver tudo sem dar nada em troca.

1 de novembro de 2006


Eu sabia que poderia acontecer... mas quando li o email fiquei chocada. Há muito tempo eu não sentia essa terrível sensação. E digo terrível porque estando tão longe do meu país há tempos, eu vinha sentindo uma saudade sufocante. Hoje quando soube que o meu povo elegeu aquele notório corrupto para espoliar o país por mais quatro anos, eu senti vergonha de ser brasileira, senti vergonha do povo brasileiro. Eu sempre busquei os aspectos mais positivos do meu país e da minha gente pra mostrar para os suecos e para os estrangeiros de dezenas de diferentes países que vivem aqui e que frequentam a escola para estrangeiros comigo. Mas agora o que tenho para mostrar? talvez o mesmo que a mídia daqui mostra sobre o Brasil. Um país que só pensa em carnaval e futebol, à mercê do crime organizado, com uma educação básica deficiente. Pobres brasileiros! Somos muito pobres mesmo. Pobres em honestidade, educação, bom senso, patriotismo (e é o meu amor pelo Brasil que me leva a me sentir envergonhada pelo que o meu próprio povo está fazendo com ele).
Se Lula ganhou a eleição é porque teve os votos da maioria do povo brasileiro. Então não é incorreto dizer que a maioria do povo brasileiro é muito burra mesmo. Só um burro pode votar em outro.
Posted by Picasa

31 de outubro de 2006

Snow.../ Neve...

Nevou durante a noite. Ele me acordou cedo e disse: venha ver! não está chovendo. Eu me levantei e fui olhar pela janela. Não é lindo? disse ele. Tudo estava coberto com uma espessa camada de neve. E grandes flocos caíam para se somar àquela brancura. Me deu uma vontade louca de chorar. Senti como se tivesse sido presa numa armadilha. Uma armadilha branca e fria.
Caminhar para a escola não foi fácil. Essa primeira neve da temporada veio junto com uma chuva fina formando uma massa semi líquida. Cheguei na escola com meus pés molhados e gelados. Através da janela vejo a neve caindo. É linda... mas acho que será um longo inverno para mim.

24 de outubro de 2006

Autumn / Outono


Através da janela vejo as folhas das árvores caindo. E meu coração palpita de melancolia. Os dias são agora mais curtos e mais escuros. Chove já há uma semana. Mal acredito que dentro de um mês já estará completamente escuro quando eu sair da escola às três da tarde. Eu sou uma filha do sol e necessito sua luz como necessito ar para viver. Como os animais, eu também irei hibernar. Do meu jeito... Meu metabolismo vai desacelerar um pouco e eu vou estar mais preguiçosa que nunca. Vou sentir vontade de dormir às cinco da tarde e fazer de tudo pra não sair de casa. Este ano o outono começou luminoso e quente, vestindo a natureza de sonho. Mas agora o tempo anuncia a proximidade do inverno e da neve. Os pássaros migratórios estão voando para terras mais quentes ou até mesmo já se foram. Não os tenho mais visto. Os outros animais se recolhem para recantos mais isolados das florestas. É temporada de caça.
Não entendo e não gosto de caça. Não acho que é um esporte. É cruel e triste. Por que algumas pessoas necessitam liquidar com outras vidas para se sentirem vivos? Devem ter algum problema com a auto estima.
Vou parar por aqui. Um chá de maçã bem quentinho ouvindo Mozart é o que eu preciso agora pra aquecer minha alma.

23 de outubro de 2006

About lies...




Liar

You say you want to be with me,
You say you truly care,
But when I'm face to face with you,
It's like I'm not even there.
I've tried my best to make you happy
And please you in every way,
But if you don't want to be with me --
There's nothing more I can do or say.
I waste my tears on you every night,
And pray that tomorrow everything will be all right.
But things never do. T
hey always stay the same,
So I need to realize,
You will never change.
by clara

Love never dies a natural death. It dies because we don't know how to replenish its source. It dies of blindness and errors and betrayals. It dies of illness and wounds; it dies of weariness, of witherings, of tarnishings. (Anais Nin)

He who is not sure of his memory should not undertake the trade of lying. (Montaigne)

Always tell the truth. That way, you don't have to remember what you said. (Mark Twain)

One of the saddest lessons of history is this: If we've been bamboozled long enough, we tend to reject any evidence of the bamboozle. The bamboozle has captured us. Once you give a charlatan power over you, you almost never get it back. (Carl Sagan)


Ai que vontade...
de comer pãozinho de queijo
recém saído do forno.
Ai que vontade...
de tomar suco de cajú
bem geladinho
E de ver novela,
e de jogar conversa fora.
Ultimamente
até sinto falta
das filas no supermercado.
                                                            Será que saudade é doença?

22 de outubro de 2006


Céu azul.
Cálidas alegrias
passeiam descuidadas
pelo outono.
Caem as folhas.
Amarelas e crepitosas
como meus pensamentos.

21 de outubro de 2006

I don´t love you / I love you



”I don´t love you any more.
I would be lying saying that
I still want you as I always did.
I´m sure that
Nothing was in vain.
I feel inside of me that
You don´t mean anything.
Never I could say that
I nourish a big love.
I feel more and more that
I already forgot you!
And I will never say
I LOVE YOU!
Excuse me but I have to say the truth.
It´s too late...”

Now read it downside up

Não te Amo / Eu te Amo

"Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais..."

(Ler agora de baixo para cima)

Poema de Clarice Lispector

15 de outubro de 2006

Manhã de domingo Sunday morning


Sunday morning... I have to be back to the Earth. Funny Earth! No, I really don´t think this planet is funny. Absolutely not. At least not in the comical sense. It´s sad, incongruent, contradictory. But´s useless digress. Sunday morning... sunny autumn morning. And monday already comes with it´s black shadow, like a ghost. Why are mondays so frightening to me? Tomorrow I´ll laugh of this panic. But right now monday is overhanging me. This is the consequence to protract all that I don´t feel like to do.
Delay evething to monday just spoil my sunday. And give me the sensation that I just came from another galaxy. Like when I fainted. When I awoke I didn´t know if I was in Brasil or in Sweden. It´s a lacuna between yesterday and tomorrow.
But uhhhh I had completely different matter in my mind when I started. Never mind. It´s done.

Manhã de domingo... eis que tenho que estar de volta à Terra. Funny Earth! Não, não acho este planeta engraçado. Absolutamente não é engraçado. Pelo menos não no sentido de comicidade. É triste, incongruente, contraditório. Mas é inútil navegar e divagar em palavras a respeito. Manhã de domingo... manhã ensolarada de outono. E a segunda-feira já projetando seu espectro sobre mim como um fantasma. Por que é a segunda-feira tão terrível? Amanhã à tarde vou rir comigo mesma ao lembrar deste pânico domingueiro. Mas agora, neste exato momento, a segunda-feira é uma ameaça. É nisso que dá protelar para a segunda-feira tudo aquilo que não tenho vontade de fazer. Adiar tudo para a segunda-feira somente faz desperdiçar meu domingo. E me dá essa sensação de ter acabado de chegar de outra galáxia. Como quando eu desmaiei. Quando recobrei os sentidos não lembrava se estava no Brasil ou na Suécia. Fica uma lacuna entre ontem e amanhã. Uhhhhhhh! eu tinha pensado em escrever algo absolutamente diferente....

13 de outubro de 2006

Ornäs

Ornäs is a wonderful place not too far from Hedemora. As most part of Sweden it´s a place to dream of the paradise.

Emptiness

As birds, all my thinkings flew away. So, here is a quotation that mingles with my own thoughts.

"We do not grow absolutely, chronologically. We grow sometimes in one dimension, and not in another; unevenly. We grow partially. We are relative. We are mature in one realm, childish in another. The past, present, and future mingle and pull us backward, forward, or fix us in the present. We are made up of layers, cells, constellations." ( Anais Nin)

30 de setembro de 2006

Just a hug...


Never let for tomorrow
if today you can give to somebody a hug.
Because when you give a hug, i
n the same moment
you receive back a hug!

Nunca deixe para amanhã
se você pode abracar alguém hoje,
porque quando você dá um abraco,
no mesmo instante você recebe um de volta!

26 de setembro de 2006

Saudade


Sometimes I wake up feeling something that only people who speak portuguese know what is: saudade. No other language has a word with the same meaning. In english you can say homesickness, nostalgia, but it´s much more than that. Saudade can make me feel deeply sad for that is too far from me, can make me cry only by to see a picture, listen a music, or drinking cashew juice. Sometimes just one single word said in a movie makes saudade comes up. And saudade brings also a lot of memories that will make me feel more saudade... Trix is in Brasil. I can remember him always but sometimes my memory is plentiful of saudade and I feel like to hold him, to caress him, to play with him. I feel saudade of my father who is resting in the stardust. I know I never will hear his voice again, I never will see on his face again that proud for something good I did, I never will awake in the middle of the night again with my heart jumping out of me and thinking: don´t worry, dad is just some meters away, and then sleep again. I never will see him again coming from work and walking to home as I used to do everyday when was a kid, and wait sitting on the ground. Never again my magic father will use a magic medicine to kill my pain as he did when I had a nail spat in my foot. So, I can just look the stars in a clean and dark night and pray.