27 de janeiro de 2009

Ai,ai...


Voltando às atividades cotidianas com uma gripe forte que me deixou de cama por dois dias. Culpa minha... Este ano voltou a fazer muito frio e eu fui caminhar à beira do lago quando a temperatura estava 18 graus abaixo de zero e ventando, o que intensifica a sensação de frio.
Ainda me sinto desconfortável com a febre mas o lixo deve ser levado ao contêiner para reciclagem. Aqui separamos para compostagem o lixo orgânico como restos de alimentos e lixo composto de papéis e plástico mole que podem ser depositados em contêineres aqui mesmo no prédio. Lixo composto de metais, vidros e plásticos duros , pilhas elétricas e baterias devem ser depositados em coletores especiais localizados no depósito municipal. Móveis velhos, e outros objetos que não podem mais ser restaurados também devem ser levados ao depósito. Aqui se toma as questões do meio ambiente com seriedade. As casas, escritórios e escolas são projetadas para evitar poluição sonora. As pessoas falam mais baixo porque as paredes não reverberam o som. Quando estive no Brasil em julho passado, fiquei estressada com o barulho infernal que havia lá. Não me admirou que logo no aeroporto encontrei gente mal humorada, estressada e mal educada... Nunca antes tinha percebido como os brasileiros falam alto, quase gritando. Não consegui dormir direito durante todo o tempo em que fiquei lá. Mas os brasileiros não percebem isso e acredito que até acham bobagem isso de poluição sonora.
Aqui não há lixo nas ruas, não há lixo jogado na natureza.
Eu tenho algumas restrições em relação aos suecos, mas tenho que admirar a consciência de preservar o meio ambiente que eles possuem. Apesar da Suécia ter milhares de lagos, eu não tenho coragem de desperdiçar água.
Enquanto escrevo aqui, vejo no canal brasileiro de TV via satélite, os estragos causados pela chuva em São Paulo. Meu coração dói pela minha gente e por gente de outros países que sofre com as catástrofes naturais, mas eu acredito que a maioria das catástrofes "naturais" são mesmo causadas pela ação humana, pela falta de informação do povo, pela ganância dos governantes e por uma indiferença geral do ser humano acerca do mundo em que vive. As pessoas não têm noção de como se relacionam com a natureza, não se sentem parte da natureza, olham para ela através do vidro das janelas, telas dos computadores e da TV. A humanidade usufrui dos bens do planeta como se estes fossem eternos. Nem as escolas, que têm a responsabilidade não só de fornecer conhecimentos multidisciplinares mas de formar cidadãos conscientes e participativos, dão ao assunto a importância que tem.
Claro que catástrofes naturais acontecem, mas que o ser humano abusa da natureza não há dúvida, e ela apenas reage à agressão...
Só me resta vestir o casaco e sair para levar o lixo, porque minha consciência tranquila, não tem preço.